II Ciclo de debates: tradução e suas perspectivas
O Grupo de Pesquisa TraCEF – Tradução, Cognição, Ensino e Funcionalismo, coordenado pelas docentes Camila Teixeira Saldanha (UFSC), Maria José Laiño (UFFS) e Noemi Teles de Melo (UFJF) organiza a 2ª edição do evento online intitulado “II Ciclo de debates: tradução e suas perspectivas”, que ocorrerá nos dias 04, 11, 18 e 25 de outubro de 2024 (com transmissão via Youtube).
O ciclo contará com a participação de professores e profissionais especializados em pesquisas sobre temas como tradução e cultura, aspectos cognitivos da tradução, tradução literária, o mercado de trabalho para tradutores, tradução e interpretação, entre outros tópicos relevantes.
Não é necessária inscrição prévia. Basta acessar nosso canal e participar nos dias indicados na programação.
Certificados serão emitidos para cada dia de participação.
Para mais informações, acompanhe nosso perfil no Instagram.
CONFIRA NOSSA PROGRAMAÇÃO:
- 04/10 (sexta-feira) – Mesa 1 – tradução literária
14h – início – abertura – apresentação dos convidados
14h15h – 15h – Prof. Fedra Osmara Rodríguez Hinojosa
TÍTULO: O “fracasso” na tradução: traduzir Finnegans Wake
“O termo “fracasso” como sinônimo de malogro acompanhou a história da tradução: dos famosos adágios ‘tradutore, tradittore’ às belas infiéis, parecia inerente ao ofício de tradutor o ato de falhar. Como Roland Barthes em seu ‘Fragmentos de um discurso amoroso’, protesto por uma outra lógica: ‘fracassar’, no sentido etimológico, significa fracionar em mínimos pedaços, fazendo um grande estrépito que não passa despercebido. Propõe-se aqui, então, analisar a tradução e o tradutor esfacelando o texto para reconstruí-lo, ecoando os efeitos dessa ação. Mas como realizar essa tarefa de um texto já caleidoscópico e fragmentado como Finnegans Wake?”
15h – 15h45 – Prof. Mario René Rodríguez Torres (UNILA)
TÍTULO: Tradução restaurativa: o caso de Antígona González e de literatura escrita e traduzida em presídios.
Nesta proposta compartilharemos algumas reflexões sobre a maneira como os projetos Paqueletra e Laboratório de Tradução da Unila vêm realizando traduções de obras literárias que se postulam como escritas coletivas e que têm como horizonte a restauração do tecido social e territorial. Como se verá, essas traduções foram pensadas como formas de dar continuidade aos processos coletivos que as obras em questão acionam. Nesta comunicação nos centraremos em dois casos em particular: a tradução para o português da obra Antígona González, de Sara Uribe, e traduções nos pares espanhol-português feitas com mulheres privadas de liberdade da América Latina. Propomos pensar nesses trabalhos como exercícios de tradução restaurativa/transformativa.
15h45 – 16h30 – espaço para debates
- 11/10 (sexta-feira) – Mesa 2 – tradução e interpretação
14h – início – abertura – apresentação dos convidados
14h15h – 15h – Prof. Carla Couto (UFJF)
TÍTULO: A tradução e a interpretação de libras no âmbito da saúde: uma perspectiva de acessibilidade
O Decreto 5.626 de 2005, artigo n. 25, especifica sobre a importância de haver profissionais da área da saúde capacitados em Libras ou capacitados para a Tradução e para a Interpretação em Libras-Português, buscando acessibilidade linguística para a Comunidade Surda nos atendimentos em saúde. Vamos refletir sobre os desafios enfrentados por esses profissionais que são de ordem administrativa, funcional, pessoal, formadora, política, linguística. Ainda são muitos os desafios para a ampliação da acessibilidade da Comunidade Surda nos atendimentos na área da saúde, mas a presença de profissionais Tradutores e Intérpretes de Libras é uma forma de minimizar as barreiras linguísticas nessa área.
15h – 15h45 – Prof. Carlos Antonio Jacinto (UFJF/UFRJ)
TÍTULO: Tradutores e Intérpretes Surdos no campo artístico-literário: uma atuação em expansão.
Quem é o profissional Surdo tradutor e intérprete de Línguas de Sinais? Quais as suas características e especificidades? Quais os contextos de atuação observados? Esta fala ancora-se no campo de abordagem das Políticas Linguísticas da Libras, com destaque para os Estudos da Tradução e da Interpretação, e volta-se para as possibilidades e as especificidades na atuação de profissionais Surdos, em contextos artístico-literários. Ainda que a existência de espaços formativos seja considerada recente, tem-se constatado que essa é uma demanda em expansão, haja vista a atuação expressiva de tradutores e intérpretes Surdos em festivais musicais, peças teatrais, espaços museológicos, enfim, no âmbito da tradução audiovisual em múltiplos contextos. A partir disso, buscamos mobilizar reflexões que se voltem à compreensão das características e das especificidades desse perfil de atuação, com destaque para as práticas tradutórias e interpretativas no campo artístico-literário.
15h45 – 16h30 – espaço para debates
- 18/10 (sexta-feira) – Mesa 3 – Tradução audiovisual
14h – início – abertura – apresentação dos convidados
14h15h – 15h – Prof. Vera Lúcia Santiago Araújo (UFC)
TÍTULO: Acessibilização de fotografia por audiodescrição e peças táteis: O caso da exposição O Que Não Nos Disseram.
A apresentação visa discutir o processo de acessibilização de duas edições da exposição O Que Não Nos Disseram (OQNND). A exposição trouxe fotografias de mulheres vítimas de violência doméstica, mas sob um olhar de ressignificação, retratando suas identidades plurais. Esse processo foi fruto da parceria entre o projeto OQNND, o grupo LEAD (Legendagem e Audiodescrição) da Universidade Estadual do Ceará e o projeto Fotografia Tátil da Universidade Federal do Ceará. Envolveu uma intervenção do tipo pesquisa-ação com toda a equipe e Pessoas com Deficiência Visual (PcDVs) consultores, por meio de uma formação que discutiu propostas de roteiros junto com o planejamento/vetorização das peças táteis. Ao final os roteiros foram harmonizados com as peças/obras táteis finalizadas.
15h – 15h45 – Prof. Patrícia Vieira (UFC)
TÍTULO: Tradução Audiovisual Acessível (TAVA): rediscutindo a acessibilidade por meio da Legendagem para Surdos e Ensurdecidos (LSE) e da Tradução e Interpretação da Língua de Sinais (TIALS).
Os estudos em TAVA têm se inclinado em promover discussões sobre diferentes métodos de acessibilidade a pessoas com deficiência sensorial (surdos e cegos) a produtos audiovisuais por meio de Legendagem para Surdos e Ensurdecidos (LSE), Audiodescrição (AD) e Tradução e Interpretação em Língua de Sinais (TIALS). Nesse sentido, o objetivo deste estudo é fomentar discussões teóricas e metodológicas a partir das pesquisas em LSE e TIALS, desenvolvidas no âmbito da pós-graduação nos Estudos da Tradução (POET/UFC) sob minha orientação, em uma interface com os estudos sobre a acessibilidade e as Tecnologias Assistivas (Oliveira, 2022; Souza; 2022; Amaral, 2023; Oliveira, 2023). Dessa forma, procuramos contribuir para que as produções audiovisuais possam se tornar de fato produções mais acessíveis aos diversos espectadores.
15h45 – 16h30 – espaço para debates
- 25/10 (sexta-feira) – Mesa 4 – Tradução e mercado de trabalho
14h – início – abertura – apresentação dos convidados
14h15h – 15h – Ana Julia Perrotti-Garcia (GMT -3)
TÍTULO: O impacto das tecnologias no fazer tradutório
A tradução vem passando por grandes mudanças e progresso nas últimas duas décadas. Computadores, Internet, Laptops, CAT tools, Tradução Automática e Tradução Assistida por Inteligência artificial são apenas alguns marcos tecnológicos que revolucionaram o mercado de trabalho, as relações profissionais e a maneira como profissionais de tradução estabeleceram comunicações, fizeram pesquisas terminológicas e buscaram trabalho. Os objetivos desta comunicação são: apresentar, de forma cronológica e exemplificada, as vantagens e desvantagens de cada um dos marcos tecnológicos citados; analisar as mudanças e evoluções da profissão de tradutor, com enfoque nos efeitos da tecnologia; e refletir sobre os rumos que a profissão pode tomar a partir da situação em que se encontra.
15h – 15h45 – Laila Compan (Tradutora/Intérprete)
TÍTULO: Possibilidades de trabalhos para tradutores e intérpretes
Muitas pessoas não têm ideia da quantidade de trabalhos que os tradutores e intérpretes podem realizar. Nesta oportunidade, vou explicar quais são as diferenças entre o trabalho do tradutor e do intérprete, e também quero mostrar quais são as possibilidades de trabalho que o mercado oferece para os profissionais da área que estão dispostos a se capacitar e aperfeiçoar, afinal. mesmo com o crescimento da inteligência artificial, o trabalho do profissional humano ainda é muito requisitado na nossa profissão e vale a pena investir nessa carreira.
15h45 – 16h30 – espaço para debates